segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Crônica de segunda

Israel em Abril

Tenho um amigo que depois de ler "Vidas Secas", deu de cismar com bolandeira. A bolandeira, só fui ver uma, em Abril Despedaçado. A bolandeira girando, girando, os bois rodando, rodando, e a vida se fazendo sem fio e sem volta.

Como se tivesse lido a "Ideologia Alemã", ou as "Teses sobre Feuerbach", Pacu grita, numa cena do filme:


- Tonho, Tonho, os bois estão rodando sozinhos.

Os bois, nós. Israel, a Palestina. A Faixa de Gaza, sempre a mesma faixa, arranhada, do disco que nunca fura. Bem que ameaçam, mas o disco nunca fura. Ou alguém já viu furar ? A faixa: mais do que a intolerância, o nó cego, os laços, como as tiras negras nos braços dos premetidos da morte de cada uma das duas famílias de Abril Despedaçado. O ataque seguido de um contra-ataque, seguido de um ataque, de um contra-ataque e sempre assim. Sem porém a alegria de um gol.

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